sábado, 23 de fevereiro de 2013

Um Exemplo de Liderança Pastoral




1 Pedro 5,1-4 e contexto

Simão Pedro, que recebeu do próprio Cristo a instrução de apascentar o rebanho de Deus em nome do amor, pois ouviu do próprio Jesus: "Pedro, tu me amas?". Descobre que o amor é a principal motivação para o cuidado pastoral de pessoas. Após essa lição, Pedro também demonstra uma profunda humildade, pois na qualidade de um verdadeiro Apóstolo e líder, coloca-se como um igual aos presbíteros da comunidade. Amor e humildade são duas qualidades fundamentais para quem aspira o episcopado ou envolver-se com as atividades da sua igreja.  No contexto acima, ele diz: "Sobretudo, amem-se sinceramente uns aos outros..."

Também fica claro que a comunidade era formada por vários líderes, chamados de presbíteros ou anciãos. Não havia uma única liderança, centralizadora, donos de igreja, como costumamos ver hoje infelizmente. No contexto dessa comunidade, vemos que essa liderança não dependia de um suposto ritual de "consagração" ao trabalho ministerial, pois a formação surgia da demanda natural, como fruto de um crescimento saudável da comunidade.

Todo dom é demostrado na atividade comunitária, confirmado pelo Espirito Santo e que tem como objetivo principal servir ao próximo, não a ganância financeira de alguns, já que temos visto atualmente que muitos fazem da atividade eclesiástica um meio de enriquecimento ilícito. Outros para alimentar seu orgulho e vaidades pessoais.Aos que desta forma agem, e até para os que se auto-denominam "pastores", Pedro, o Apóstolo adverte: "Sirvam a Deus, mas não façam isso por ganância, mas com o desejo de servir". Penso que no Brasil deveria ter leis mais rígidas a esse respeito, em outros até caso de polícia.

Logo se falamos de um verdadeiro perfil de liderança conforme Pedro, destacamos:

a) Nela será reconhecida a pessoa de Jesus Cristo como o único Sumo Pastor, e com o qual deveríamos aprender sempre;

b) O pastorado enquanto um dom legítimo, entre outros no N.T. existe como fruto de um trabalho pré-existente, que será confirmado pela comunidade do Senhor e pelo seu Espírito, isto é, NÃO EXISTE O CARGO DE PASTOR, é um DOM!

c) Pastores não são dominadores, não trabalham por obrigação, mas como um dom dado por Deus, pode e deve ser voluntário, de livre vontade e cujo principal objetivo é servir e não ser servido com um ser de primeira categoria especial e acima dos demais, seres de segunda categoria.


Eu sei que nem sempre a motivação é financeira, alguns o são por pura vaidade, ou ainda por desentendimentos que tiveram com suas antigas lideranças, e saem por ai encontra outros iguais e criam mais uma "igreja" sem Evangelho. E por falar em Evangelho! Bem, essa é uma outra história. Agora espero discutir o tema e para tanto saber qual é a opinião de vocês sobre o assunto.

Alex Ayres

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