quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Presente de grego para Jesus

Os gregos antigos, ficaram conhecidos na história como pessoas que gostavam de discussões e debates. Esse modo de ser e pensar era uma característica daquela cultura. Não por acaso, os grandes filósofos que surgiram na história da humanidade foram gregos, como Sócrates, Platão e Aristóteles, para citar alguns dos mais importantes. Marcaram o mundo ocidental com os seus pensamentos sobre vários assuntos e temas da vida. Inventaram uma forma de pensar e deram o nome de Filosofia, eles ajudaram a estabelecer os fundamentos políticos, artísticos, educacionais e científicos da cultura ocidental.

Em João 12:20, encontramos o registro de um fato curioso, um  grupo de gregos que se encontrava em Jerusalém, pede para ver Jesus, agendar um encontro com ele. Alguns já disseram que o objetivo deles, era convidar Jesus para que ele fosse viver na Grécia, a fim de escapar dos seus inimigos e lá continuar ensinando a sua "filosofia". Bem, não tratarei deste aspecto. Quero falar do interesse em si, que  tiveram aqueles gregos por Jesus, mesmo não sendo ele um "filósofo" dentro dos padrões gregos de ser. No outro extremo, os líderes da religião que queriam matar Jesus, motivados entre outras razões, também pela inveja que sentiam, como mostra o v.19. No mesmo contexto são dois olhares em relação a Jesus: o olhar dos religiosos, representados pelos pelos chefes dos sacerdotes e fariseus e o olhar dos gregos que queriam um encontro com Jesus.

Se por um lado, os gregos não puderam compreender naquele momento a missão de Jesus, ele no entanto, sabia claramente e estava muito atento. O próprio Jesus disse: "É chegada a hora em que o Filho do Homem há de ser glorificado" razão da consciência do que estava em curso: a salvação da humanidade, o que inclui também a salvação daqueles gregos. Em relação ao desejo dos gregos em vê-lo, Jesus não demonstrou gesto algum de condenação. Não condenou a capacidade de pensar daqueles homens e nem a atitude deles. Confesso que fico preocupado quando vejo pastores ou líderes religiosos que condenam os saberes humanos, especialmente das ciências humanas e filosofia. Como se a capacidade e o conhecimento humano não fossem dádivas divinas. É algo que precisamos pensar a respeito.


A propósito, se comemora hoje o Dia Mundial da Filosofia e que foi  instituído pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Todos os anos ele é comemorado na terceira quinta-feira do mês de novembro. Neste ano de 2010, os eventos alusivos à data aconteceram hoje, 18 de novembro. Por isso, uma boa razão para lembrar o que disse Merlau-Ponty, que “a verdadeira filosofia é reaprender a ver o mundo”. Um mundo pelo qual Jesus se entregou e morreu, pois amou os gregos, judeus, árabes, você e eu!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Quem sou eu: breve resumo

Sou o filho mais novo de uma família que era constituída de dois irmãos, mãe e avó materna, já falecida. Não tive convivência alguma com o meu pai biológico. Com Dedete, como era carinhosamente chamada minha avó Elizete, aprendi as primeiras lições sobre a fé católica romana, instituição responsável pela minha formação cristã durante a infância.


Meu primeiro contato com igreja evangélica, se deu quando minha mãe, deixou o centro espírita que frequentava, pelo convite de meu irmão para visitar uma igreja presbiteriana. Lá após a pregação, como de costume entre igrejas tradicionais, fui à frente com outras pessoas. E fui não somente devido ao convite feito pelo Rev. Josafá Vasconcelos, mas porque estava convencido que deveria aceitar Jesus como meu Senhor e Salvador. Foi então o começo da minha conversão. Eu havia completado 11 anos de idade mas já tinha consciência que aquele gesto representaria o começo de um novo e difícil caminho para um garoto daquela idade.

Em seguida, por ser mais próximo da nossa casa,  nos transferimos para uma Assembléia de Deus. Lá  fui batizado aos 13 anos, onde permaneci  durante os  anos  da adolescência.  No começo da juventude tornei-me membro de uma igreja batista. Estudei missiologia e teologia, fui missionário transcultural tendo passado um período no Chile, também no Mato Grosso. Alguns anos após, por razãoes acadêmicas retonei  a minha cidade natal. Foi uma fase de questionamentos que resultaram  na decisão de afastar-me das atividades com a igreja institucional.

Mesmo sem levar uma vida religiosa, conforme o padrão evangélico tradicional, dei continuidade aos estudos de teologia e filosofia. Cursei o doutorado em Processos de Transnacionalização da União Européia e Mercosul. Fiz o curso de  MBA e Especialização em Administração. Em Teologia  tenho me dedicado ao estudo do Novo Testamento e História da Igreja.

Sobre a fé em Cristo, faço minhas as palavras de Inácio de Antioquia, quando refletiu sobre um possível cânon das Escrituras no início do século II: "Para mim, o arquivo é Jesus Cristo; meus arquivos invioláveis são a sua cruz, sua morte, sua ressurreição, e a fé que vem dele".